Por Gênesis Torres
Triste pedaço de nação, valha-me oh Deus! “Uma nação se constrói com homens e livros” afirmava Monteiro Lobato. Não há nos livros valores relativos, todos são absolutos. Eles representam a alma e os sentimentos de um povo, contidos e expressados nos indivíduos que os escreve. Os livros são catarses individuais que uma vez expostos tornam-se coletivos e não pertencem mais aos seus autores, sua idéias e seus pensamentos pertencem agora a todo um povo. Historicamente saímos da barbárie a aproximadamente sete mil anos quando descobrimos a escrita e passamos a deixar para as futuras gerações nossos pensamentos, nossas idéias, nosso modo de ver o mundo e as coisas que nos cercam.
Em a "Tragédia [o Hamlet, de Shakespeare] sem catarse que, ao lento cair do pano, só nos deixa, como objeto de meditação e fruto amargo, uma interminável fila de interrogações..." (citado por Augusto Meyer, A Chave e a Máscara).
Na cidadela de São João de Meriti o descortino da desmemoriada faz seus algozes, tortura-os e os pisoteia sobre seus corpos já combalidos pelos anos de luta. Aqui não importa o que os homens pensam e constrói, estimam-se mais os valores do compadrio e da fidelidade ao dando que se recebe.
Temos grandes interrogações a respeito de Instituições Culturais em nossa cidade. Citemos alguns exemplos daquelas que vem lutando para sobreviver: Banda de Música comandada pelo Maestro Francisco, abnegado músico e que aproximadamente quarenta anos permanece na cidade lutando para sobreviver. A cada período fica acampado num determinado lugar. Hoje encontra-se no Complexo Cultural, até quando não sabemos. Outra importante instituição é a Academia de Letras e Artes, fundada em 1977 e até hoje não teve um espaço para fixar-se em definitivo, são homens e mulheres, poetas, escritores e artistas em todas as áreas que procuram produzir e divulgar seus saberes, também nunca receberam o apoio institucional.
Mais recentemente procurava-se fortalecer os laços entre o passado e o presente num grande projeto para salvar de forma metódica a memória urbana de seu povo e foi destruída na sua caminhada. O que dirão uma dezena de outras nas mesmas situações.
Investir na organização dos agentes culturais, comprometidos realmente com as causas culturais, nos seus diversos afazeres, é a forma mais econômica de atuar do Poder Público, cultura institucional, é cara, ineficiente e o pior, são os seus comprometimentos político partidário.
Difícil construir instituições culturais e educacionais fortes, capazes de superar as diversidades e as dificuldades que o chamado “Poder Público” não consegue arremessar. Aqui não floresce uma só planta, não há jardineiros dispostos a cuidar de suas raízes, o terrenos é fértil, mas as pragas daninhas se espalham por todo lado como nos tempos dos laranjais. Se não sobrevivo se as ervas corroeram, só resta-me chorar a perda de um grande trabalho, afinal o “povo tem o que merece”. Não! o povo não merece, o povo é enganado.
Deixemos o tempo passar, afinal a vida é uma grande roda, hoje estamos de cabeça para baixo. O tempo é o grande senhor, a história saberá fazer a centrifugação e nos trarão a tona as nossas interrogações e quais serão as verdadeiras intenções, clareando as razões que levaram a varredura nos projetos sobre a memória da cidade.
Triste pedaço de nação, valha-me oh Deus! “Uma nação se constrói com homens e livros” afirmava Monteiro Lobato. Não há nos livros valores relativos, todos são absolutos. Eles representam a alma e os sentimentos de um povo, contidos e expressados nos indivíduos que os escreve. Os livros são catarses individuais que uma vez expostos tornam-se coletivos e não pertencem mais aos seus autores, sua idéias e seus pensamentos pertencem agora a todo um povo. Historicamente saímos da barbárie a aproximadamente sete mil anos quando descobrimos a escrita e passamos a deixar para as futuras gerações nossos pensamentos, nossas idéias, nosso modo de ver o mundo e as coisas que nos cercam.
Em a "Tragédia [o Hamlet, de Shakespeare] sem catarse que, ao lento cair do pano, só nos deixa, como objeto de meditação e fruto amargo, uma interminável fila de interrogações..." (citado por Augusto Meyer, A Chave e a Máscara).
Na cidadela de São João de Meriti o descortino da desmemoriada faz seus algozes, tortura-os e os pisoteia sobre seus corpos já combalidos pelos anos de luta. Aqui não importa o que os homens pensam e constrói, estimam-se mais os valores do compadrio e da fidelidade ao dando que se recebe.
Temos grandes interrogações a respeito de Instituições Culturais em nossa cidade. Citemos alguns exemplos daquelas que vem lutando para sobreviver: Banda de Música comandada pelo Maestro Francisco, abnegado músico e que aproximadamente quarenta anos permanece na cidade lutando para sobreviver. A cada período fica acampado num determinado lugar. Hoje encontra-se no Complexo Cultural, até quando não sabemos. Outra importante instituição é a Academia de Letras e Artes, fundada em 1977 e até hoje não teve um espaço para fixar-se em definitivo, são homens e mulheres, poetas, escritores e artistas em todas as áreas que procuram produzir e divulgar seus saberes, também nunca receberam o apoio institucional.
Mais recentemente procurava-se fortalecer os laços entre o passado e o presente num grande projeto para salvar de forma metódica a memória urbana de seu povo e foi destruída na sua caminhada. O que dirão uma dezena de outras nas mesmas situações.
Investir na organização dos agentes culturais, comprometidos realmente com as causas culturais, nos seus diversos afazeres, é a forma mais econômica de atuar do Poder Público, cultura institucional, é cara, ineficiente e o pior, são os seus comprometimentos político partidário.
Difícil construir instituições culturais e educacionais fortes, capazes de superar as diversidades e as dificuldades que o chamado “Poder Público” não consegue arremessar. Aqui não floresce uma só planta, não há jardineiros dispostos a cuidar de suas raízes, o terrenos é fértil, mas as pragas daninhas se espalham por todo lado como nos tempos dos laranjais. Se não sobrevivo se as ervas corroeram, só resta-me chorar a perda de um grande trabalho, afinal o “povo tem o que merece”. Não! o povo não merece, o povo é enganado.
Deixemos o tempo passar, afinal a vida é uma grande roda, hoje estamos de cabeça para baixo. O tempo é o grande senhor, a história saberá fazer a centrifugação e nos trarão a tona as nossas interrogações e quais serão as verdadeiras intenções, clareando as razões que levaram a varredura nos projetos sobre a memória da cidade.
Professor, até bem pouco tempo eu sequer sabia que existia uma Academia de Letras na nossa cidade. No meu ponto de vista falta divulgação.
ResponderExcluirA internet está ai professor, pronta para as pessoas ousarem.
Vale lembrar que o maior buscador da internet, o "Google", começou por iniciativa de estudantes num trabalho "boca a boca".
Use a internet professor. Mostre os textos, trabalhos dos integrantes da academia. O reconhecimento vem, e com ele tudo mais.
Abraços e parabéns pelo seu texto.