domingo, 8 de março de 2009

Depoimento em defesa do IPAHB


Clóvis Correia
Professor de História e Escritor Educacional



Posso dar o meu testemunho pessoal, no caso específico do setor que é responsável no IPHAB - Biblioteca, da importância que representa para a cultura local e regional. Eu me coloco à disposição para ajudar na busca de um entendimento, onde sejam contemplados as prerrogativas do novo governo eleito em formular políticas públicas e os interesses legítimos dos produtores de cultura e da comunidade.


Stélio Lacerda
Professor de História, pesquisador e escritor



Motivo de orgulho para a Baixada Fluminense, a obra cultural do IPAHB não será vencida pelo obscurantismo. Ameaças de despejo e outras desconsiderações, filhas do oportunismo e da ignorância, não vão apagar e desmerecer as contribuições à nossa historiografia.Receba a solidariedade e o apreço deste modesto pesquisadorAbraços


Norma
Professora


É realmente lamentável o fechamento do IPAHB Guilherme. Uma pena.Uma população tão carente de tudo (em especial de informação e educação) quanto a de São João, perder seu único acervo acessível. É demais, de indignar!!!Essa notícia me deixou profundamente triste. Triste mesmo. Será que a prefeitura não cederia um outro espaço? E o governo estadual, alguma escola pública, será que acolheria vocês?Mas e você, fora isso, como está?Bjssssss


Valeria Guimarães

Prof. Curso de Turismo UFF



Estou chocada, de verdade. Um dos pouquíssimos lugares que se dedicam a valorizar a cultura do povo da Baixada, literalmente move obstáculos para divulgar e defender o patrimônio local está sendo despejado a pretexto de cobrar pelos cursos ministrados. Se isso ocorre e essa prática não é considerada aceitável pela atual gestão pública municipal, então porque ela (a Prefeitura, através de sua secretária de cultura) não cobre os custos necessários para a continuidade dos projetos?Recentemente, o Museu Histórico Nacional fez uma exposição sobre o Corpo Humano cobrando 40,00 num espaço público; todas as universidades públicas para driblar o problema da falta de recursos cobra um valor simbólico ou não para seus cursos de extensão e pós-graduação latu sensu (o excelente curso de pós-graduação lato sensu em História da UFF é um deles e tem o respeito da sociedade). O argumento utilizado pela secretaria de cultura é, no mínimo, questionável, para não dizer infundado.Primeiro como aluna e depois como palestrante do curso de História da Baixada do IPAHB devo reconhecer que os serviços prestados por esse instituto vão muito além dos conhecimentos científicos sobre o lugar onde a maioria dos alunos que participa do curso vive. São também sólidas relações de afetividade e uma rara injeção de ânimo na auto-estima de seus freqüentadores. Também as comunidades do entorno dossítios visitados (em deplorável estado de conservação, por descaso domesmo poder público), são beneficiadas, despertando para a consciênciada importância do lugar em que vivem.Este poderia ser um belo início para a nova secretaria de cultura começar o governo, tornando a relação apartidária, reconhecendo a utilidade pública do IPAHB e aproximando-se dele, ouvindo as suas necessidades e oferecendo-lhe apoio para a continuidade dos bons serviços prestados, com mais estrutura e condições para os seus gestores e freqüentadores. Ao contrário, assim como o fez o festejado D. João VI, 200 anos atrás, o IPAHB recebeu um repentino PR "ponha-se na rua", para dar lugar à instalação da nova corte, beneficiada pelos privilégios político-partidários.Como professora de um curso de turismo que milita a causa do desenvolvimento sustentável e da geração de emprego e renda para ascomunidades locais através do turismo, e como moradora da Baixadadurante 28 anos, não posso ficar calada diante de um absurdo desses.Sugiro que seja feita uma convocação de todos os alunos e professoresque já passaram pelo IPAHB para assinarem um manifesto virtual contra o despejo dessa casa do povo. Também sugiro matérias no Globo Baixada, RJ TV, RJ Record e toda a imprensa local. Calados é que não podemos ficar.Senão, corremos o risco de sermos os próximos despejados e aí ser tardedemais, como dizem os poemas de Brecht e Maiakovski.Abraços a todos e um especial para o Gênesis e o Guilherme.Gostaria que fizessem com que essa mensagem e a minha solidariedadechegasse até eles, pois não tenho os seus e-mails.


Nelson Aranha
Mestrando de Historia da UFRRJ e ex-diretor executivo da Casa de Cultura de Nova Iguaçu e ex-diretor de patrimônio histórico da Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu.


Caros amigos.

É com imenso pesar que recebi esta notícia.Infelizmente esta não foi a primeira e nem será a última vez que presenciaremos este tipo de ação por parte de (des)governos. Basta olharmos nossa querida Baixada Fluminense destruída que, apesar dos esforços de seus HERÓIS (Ruy Afrânio Peixoto, Ney Alberto Gonçalves de Barros, Waldick Pereira, Ondemar Dias, Frederico Fernandes Pereira, Antônio Lacerda de Meneses, Marcus Monteiro e tantos outros), todos osdias, meses e anos vê este tipo de violência, na verdade, não só o (des)governo de São João de Meriti, mas de todos os municípios, incluindo minha cidade, Nova Iguaçu, quando não sofre com os inimigos nascidos na própria terra que se vestem de políticos e destroem o patrimônio a revelia do povo, sofre com os inimigos alienígenas, como é o caso dos estrangeiros paulistas do PT, ou pt, que vieram para Nova Iguaçu.Esperem, e em breve, a Casa de Cultura (ou como eles querem chamar Sylvio Monteiro) está fechada, esperem e todos verão todo o acervo do IHGNI do Ney Alberto que esta (ou estava) lá dentro desaparecerá ou será jogado no lixo, tal qual a Fazenda São Bernardino, a Vila de Iguaçu etc etc, e infelizmente etc.Porque essa "gente" não tem compromisso com ninguém nem com nada.A isso que fizeram com o IPAHB chamo de ignorância, violência, estupidez, crime e traição.Como os da casa dão mal exemplo, os de fora também querem fazer maldade com o povo, que infelizmente nem sabe do que esta acontecendo, sempre alheio à sua própria História, porque não deixam o povo se apropriar do que é seu.Eu sugiro um grande abaixo assinado e um protesto em frente a casa ou a prefeitura destes criminosos. Por outro lado, já que eles são o que são, é melhor tirar todo o acervo de perto deles mesmo senão vão jogar no lixo ou vender como sucata "estas coisas velhas" que estes imbecis sequer sabem o que é.De qualquer forma, acho que deveríamos fazer um grande abaixo assinado e levar à imprensa, com a assinatura de todos os nosso heróis vivos e mais os estudantes de historia da Rural, da UNIG, da Uniabeu, da Estácio etc etc.Forte abraço a todos e contem comigo para o que for necessário.

Um comentário:

  1. lamentavelmente, o povo sofre passivamente no curso da historia, porque nas mais das vezes são incapazes de analisá-las.Estão divorciados da belessíma relação entre a cultura, a história e o direito...direito esse capaz de mostrar ao autor dessa ignominiosa insensatez, que o povo perderá mais um patrimônio. lembrando, todo poder emana do povo!!! Dr. Osni Feitosa - Diretor da Escola Superior da Advocacia

    ResponderExcluir