
A população da Baixada Fluminense hoje soma mais de 3.5 milhões de habitantes. Oriundas das diversas partes do Brasil e do mundo. Trazendo seus traços culturais e sua história. Aqui se adaptaram sociologicamente e criaram novas relações culturais.
A Baixada Fluminense hoje é um caldeirão cultural que produz uma diversidade no seu modo de fazer cultura. O folclore, o artesanato, a culinária e as artes tem manifestações de originalidade e produz mão de obra que se espalha pela Cidade do Rio de Janeiro. O longo processo de adaptação social e geográfica que viveu esta população no século XX fortaleceu os laços de solidariedade e aprendeu longe das ações do poder público encontrar soluções para sua sobrevivência.
O IPAHB vêm trabalhando em diversas frentes de pesquisa e divulgação dos resultados. Campanhas permanentes para obtenção de fotografias, documentos, peças arqueológicas, livros, manuscritos, jornais, revistas, ou qualquer peça que tenha conteúdo que sirva para compor a história social.
Nosso acervo fotográfico chega a mais de 15 mil fotografias, hoje todas digitalizadas e catalogadas. Retratam a memória urbana e todas as diversas atividades do povo baixadense. As fotografias de maior conteúdo histórico estamos salvando a imagem através da pintura em óleo sobre tela. Esse material e algumas peças arqueológicas acabaram por formar o primeiro acervo que gerou o Centro Iconográfico e Arqueológico da Baixada Fluminense (Museu).
Nosso acervo bibliográfico chega a mais de 4.5 mil volumes, que atende o ensino fundamental, médio e superior. Incentivamos os estudantes universitários que atuam na baixada a trabalharem suas monografias e dissertações de mestrado com temas e questões afetas a região. Hoje a Baixada é estudada pela sua própria população. São jovens que estão descobrindo os problemas da região e ajudando a encontrar soluções.
Os cursos de história regional promovido pelo Instituto está ajudando profissionais a entender o universo regional, transformando-os em agentes na preservação do patrimônio histórico.
Salvar a memória social dessa população é um de nossos projetos. Estamos gravando a vida de antigos moradores, são pessoas do povo que tem história para contar dos primeiros tempos do século XX.
Estamos desenvolvendo o projeto “Memória Urbana” que visa pela iconografia selecionar e catalogar todas as construções civis da cidade e fazer a interpretação crítica da evolução habitacional das cidades da baixada.
Para fortalecer os laços com a população mantemos oficinas de artesanato e incentivamos a produção cultural.
Toda tecnologia de mídia produzida pelo IPAHB é colocada a serviço dos produtores culturais da região. Produzimos jornais, livros, revistas, cds room, vídeos e disponibilizamos para a população em geral. O IPAHB acredita que a história pode ajudar no processo de valorização e auto-estima da população baixadense.
Sobrevivemos até dezembro de 2008, graças a sensibilidade do Poder Público Municipal, que nos cedeu um espaço no Complexo Cultural Kenedi Jaime no centro do Município, colocando a disposição recursos humanos mínimos para que levássemos avante os nossos objetivos. No entanto a partir de janeiro deste ano (2009) passamos a ficar a deriva, pois, o espaço onde estávamos foi solicitado.
Sem recursos para continuar, ainda não sabemos para onde vamos, os projetos estão paralisados. Dado a complexidade do tamanho do acervo e o cuidado na sua guarda, estamos procurando uma solução que seja viável ao projeto.
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